Jogo de Cartas: Espadas e Copas | Direção Robert Lepage
Jogo de cartas: 52 cartas, 4 cores, 4 conjuntos de naipes, 2 coringas Jogo de Tarot: 78 cartas, 4 figuras, 4 conjuntos de naipes, 21 trunfos, 1 curinga
Os jogos de cartas englobam uma conjunto de regras, signos, estruturas matemáticas ou numerológicas, mitologias e, sobretudo, personagens. Ao combiná-los e ordená-los podemos criar tantas histórias quanto são possíveis os diferentes arranjos. Ao menos esta é a intuição que guiou Robert Lepage e seus colaboradores no projeto chamado Jogo de Cartas. Perante um leque de possibilidades, os criadores impuseram a estrutura de um jogo de cartas ao projeto, que no final, terá quatro espetáculos: ESPADAS, COPAS, OUROS E PAUS, cada um explorando um universo do conjunto que o representa.
A pesquisa da origem das cartas nos leva obrigatoriamente ao mundo árabe. As quatro partes da tetralogia, cada uma independente e ao mesmo tempo interligada às outras, criam um cosmos que aborda nossas relações passadas, presentes e futuras, nossas trocas e, algumas vezes, nosso choque no encontro com a cultura árabe.
Jogo de cartas: ESPADAS
Foto: Erick Labbe
A primeira parte, ESPADAS, explora o tema da guerra. A ação faz um paralelo entre cidades construídas em dois desertos no momento em que os Estados Unidos invadem o Iraque. De um lado, Las Vegas, caricatura dos valores do mundo ocidental; do outro, Bagdá, bombardeada pela administração Bush em nome da promoção da democracia.
Esta torre de Babel que é a capital do jogo propicia o encontro de personagens de origens e afinidades diversas. Durante um final de semana no Strip, eles revelam a identidade múltipla da cidade: reino do showbiz e dos flashes, lugar de passagem, via multicultural, lugar onde tudo é permitido, ponto de encontro entre riquezas (às vezes extremas) e pobreza.
Além da sorte, do azar e da desmedida, Las Vegas se mostra também como o império das ilusões, da fuga e do vertiginoso. Os personagens, como a cidade que continua se divertindo em plena guerra, travam suas lutas íntimas com seus demônios interiores, na esperança de resolver suas próprias contradições.
Como terminará o jogo: decadência ou redenção? As apostas estão abertas.
Jogo de cartas: COPAS
Foto: Erick Labbe
Em Jogo de cartas: COPAS, uma rede é tecida em torno de três países e através de cinco gerações, ligando a Argélia, a França e o Quebec, da Primavera dos Povos à Primavera Árabe.
Chaffik, um jovem magrebino, motorista de táxi no Quebec em 2011, mergulha na sua história genealógica para desvendar fatos duvidosos ligados ao desaparecimento de seu avô e às origens de sua família.
Um grande mágico francês, Jean Eugène Robert-Houdin, foi enviado à Argélia em 1856 pelo governo francês para rivalizar com o poder espiritual e mágico dos marabutos.
Chaffik e Robert-Houdin estão conectados por uma rede familiar, política e artística, intrinsicamente tecida pela História e por histórias, mas também por questões de fé, de crenças, de magia, de representações. Estes temas se entrelaçam como uma relojoaria fina e suas múltiplas engrenagens.
COPAS conta a história de uma parte da Argélia colonial, uma confluência de políticas estrangeiras e de invenções francesas em magia, ciência, fotografia. Estas invenções serão incubadas nas ruelas de Alger para tornarem-se verdadeiras armas da resistência argelina.
Por outro lado, COPAS trata da França da mesma época e, mais especificamente, do mundo dos mágicos franceses (Robert-Houdin, Méliès), e de suas ligações com a ciência e o cinema.
A França mais contemporânea será aquela das relações com sua antiga colônia, onde a figura de uma falsário saído da resistência co-habitará com os arquivistas burocratas.
No Quebec, encontramos Chaffik, sua família de imigrantes e sua namorada Judith, filha de um diplomata e conferencista em teoria do cinema na Universidade Laval. Ela será o ponto central de todas as engrenagens.
Em um dispositivo cênico de 360°, a cena de COPAS transforma-se de lanterna mágica com histórias fantásticas e imagens cinematográficas a um reservatório de explosões, resultado de uma complexa rede de relacionamentos.
FICHA TÉCNICA
Jogo de cartas: ESPADAS
Texto Sylvio Arriola, Carole Faisant, Nuria Garcia, Tony Guilfoyle, Martin Haberstroh, Robert Lepage, Sophie Martin e Roberto Mori Direção Robert Lepage Dramaturgia Peder Bjurman Assistente de direção Félix Dagenais Com Sylvio Arriola, Nuria Garcia, Tony Guilfoyle, Martin Haberstroh, Sophie Martin e Roberto Mori Composição original e interpretação musical Philippe Bachman Cenário Jean Hazel Iluminação Louis-Xavier Gagnon-Lebrun Assistente de iluminação Renaud Pettigrew Concepção sonora Jean-Sébastien Côté Figurinos Sébastien Dionne Assistente de figurinos Stéphanie Cléroux Adereços Virginie Leclerc Imagens David Leclerc Artista eólico Daniel Wurtzel Perucas Rachel Tremblay Direção de produção Marie-Pierre Gagné Direção de turnê Louise Roussel Direção técnica [criação] Paul Bourque Direção técnica [turnê] Patrick Durnin Direção de palco Katia Talbot Operação de luz Renaud Pettigrew Operação de som Stanislas Élie Operação de vídeo Steve Montambault Camareira Sylvie Courbron Aderecista Virginie Leclerc Chefe de palco Anne Marie Bureau Técnicos de palco Eric Pierre Blanchard e Nicolas Boudreau Consultores técnicos Catherine Guay e Tobie Horswill Músicas adicionais Here in Vegas composta e interpretada por Rick Miller com produção e arranjos de Creighton Doane; Deck of Cards escrita por Texas Tyler, publicada pela Universal Songs of Polygram International Inc. e Cambell Connelly and Co. LTD, interpretada por Winston Conrad Martindale, sob licença da Universal Music Canada; La Notte È Piccola de Bruno Canfora, Franco Castellano e Giuseppe Moccia, sob licença de Spirit music group, inc. Imagens adicionais Apuesta por un amor, autorizada por Televisa Construção do cenário Astuce Décors Confecção dos figurinos Par Apparat confection créative Agenciamento do diretor Lynda Beaulieu Jogo de cartas: COPAS Texto Louis Fortier, Reda Guerinik, Ben Grant, Catherine Hughes, Kathryn Hunter, Robert Lepage, Marcello Magni e Olivier Normand Direção Robert Lepage Dramaturgia Peder Bjurman Assistente de direção Sybille Wilson Com Louis Fortier, Nuria Garcia, Reda Guerinik, Ben Grant, Catherine Hughes, John Cobb e Olivier Normand Música original e concepção sonora Jean-Sébastien Côté Assistente musical Donato Wharton Cenário Michel Gauthie e Jean Hazel Iluminação Louis-Xavier Gagnon-Lebrun Assistente de iluminação Renaud Pettigrew Figurinos Sébastien Dionne Assistente de figurinos Gabriellle Arseneault Adereços Virginie Leclerc Assistentes de adereços Ariane Sauvé et Jeanne Lapierre Concepção de imagens David Leclerc Perucas Rachel Tremblay Direção de produção Marie-Pierre Gagné Assistente de produção Véronique St-Jacques Direção de turnê Louise Roussel Direção técnica Patrick Durnin Assistente de direção técnica Paul Bourque Direção de palco Katia Talbot Operação de luz Renaud Pettigrew Operação de som Donato Wharton Operação de vídeo Steve Montambault Camareira Sylvie Courbron Aderecista Virginie Leclerc Chefe de palco Anne Marie Bureau Técnicos de palco Eric Pierre Blanchard e Nicolas Boudreau Consultores técnicos Catherine Guay e Tobie Horswill Consultor de magia Philippe Beau Músicas adicionais Noctune # 1 in F, op. 15 de Frederic Chopin interpretada por Idil Biret no álbum “NOCTURNES” 8.554045 sob licença de Naxos of America; Les Roses du Bengale deJacques Offenbach interpretada par Marco Sollini do álbum Offenbach, J.: Piano Music, Vol. I CPO 777079-2, sob licença de Naxos of America; The Fountains of the Villa d’Este de Franz Liszt interpretada por Jenö Jando do álbum Liszt – Years of Pilgrimage Vol. 3 (Third Year) 8.550550, sob licença de Naxos of America; Taqsim Au Qanouninterprétée par l’Ensemble Ibn’ Arabi sob licença de de Long Distance Productions; Marche de la Légion étrangère tirée de l’album “Anthologie de la musique militaire française des origines à 1870” interpretada por Les Musiciens de la Marine Nationale, sob licença de France Productions; La Belle vie escrita por Jack Reardon e Jean Brousolle, composta por Sacha Distel, sob licença de Prosadis et Universal Music Canada; The Pain after composta e interpretada por Rabih Abou-Khalil, sob licença de Enja Records Construção do cenário Astuce Décors Confecção dos figurinos Par Apparat confection créative Agenciamento do diretor Lynda Beaulieu Uma produção de Ex Machina criada por iniciativa da Réseau 360° comissionada por Luminato, Toronto Festival of Arts & Creativity coproduzida por Teatro Circo Price – Madrid, Ruhrtriennale, La Comète – Scène nationale de Châlons-en-Champagne °, Célestins, Théâtre de Lyon, Cirque Jules Verne & Maison de la Culture – Scène nationale d’Amiens °, Roundhouse – Londres °, Odéon-Théâtre de l’Europe – Paris, Wiener Festwochen – Viena, Chekhov International Theatre Festival – Moscou, Østre Gasværk Teater – Copenhague °, La Tohu – Montréal °, International Stage at Gasverket Estocolmo °, Les Théâtres de la Ville de Luxemburgo, Holland Festival ° Membros da Réseau 360°, rede que reúne lugares circulares com vocação artística. Produção – Europa e Japão Epidemic [Richard Castelli, com assistência de Chara Skiadelli, Florence Berthaud e Claire Dugot] Produção – América, Ásia [exceto Japão], Oceania e Nova Zelândia Menno Plukker Theatre Agent [Menno Plukker, com assistência de Sarah Rogers e Dominique Sarrazin) Produção Ex Machina Michel Bernatchez [com assitência de Vanessa Landry-Claverie] Ex Machina é subvencionado pelo Conseil des Arts du Canada, Conseil des Arts et des Lettres du Québec e pela Ville de Québec.
Realização Sesc – Serviço Social do Comércio Produção e agenciamento no Brasil Performas Produções Direção de produção Andrea Caruso Saturnino Direção técnica André Boll
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